O que é IPO na Bolsa de Valores

Para se tornar um investidor é preciso conhecer os termos e as siglas usuais no mercado financeiro: BDR; CDB; CDI; CRA; CRI; ETF; FGC; IPO; day trade; trader; home broker, dentre outras tantas. A princípio, pode parecer confuso, mas é preciso a familiarização e, principalmente, a compreensão dos conceitos para a tomada de decisões.

Recentemente, as siglas IPO e BDR tomaram conta dos noticiários, após a divulgação da abertura de capital do Nubank. O banco digital divulgou que ingressaria na Bolsa de Valores em dezembro de 2021 e que ofertaria uma parte do seu capital aos clientes, que se tornariam investidores através da venda de ações e de BDRs.

A sigla IPO vem do inglês Initial Public Offering, que pode ser traduzido como oferta pública inicial, e marca a estreia de uma empresa na Bolsa, quando ela se torna, oficialmente, uma empresa de capital aberto. 

Para realizar a primeira oferta pública, é preciso obedecer uma série de critérios. É um processo trabalhoso que envolve planejamento, auditorias, reuniões de apresentação, registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), dentre outras exigências que podem levar até anos para serem atendidas.

Já a sigla BDR é referente ao brazilian depositary receipt, certificados de depósito de valores mobiliários emitidos no Brasil, mas provenientes de outros países. No caso do Nubank, as operações serão na Bolsa de Valores de Nova Iorque, por isso, os investidores brasileiros terão acesso aos BDRs, que são ativos negociados na B3.

Investindo na Bolsa

Para investir na Bolsa de Valores é necessário abrir uma conta em uma corretora de investimentos para ter acesso ao home broker, a plataforma pela qual são feitas as transações de compra e venda de ativos.

O ETF é um dos investimentos disponíveis na B3. A sigla vem do inglês exchange-traded fund, que em português tem sido traduzido como fundo de índice. Como o próprio nome diz, é um fundo que tem o rendimento atrelado a um índice.

Vendido a valores mais acessíveis e considerado mais seguro em comparação com os outros investimentos da Bolsa de Valores, o ETF tem ganhado cada vez mais adesão no Brasil. Atualmente, são 61 opções disponíveis na B3, sendo que 32 delas foram listadas em 2021.

Os termos day trade e trader também se referem às operações na Bolsa de Valores. O primeiro significa a modalidade mais rápida do mercado financeiro, que consiste na compra e na venda de ações no mesmo dia. Em alguns casos, essa transação pode durar minutos.

Já o trader é o profissional que atua com o day trade. Para este trabalho, é preciso mais experiência e um conhecimento mais aprofundado sobre o mercado financeiro. Ele é responsável por avaliar as melhores oportunidades, criar estratégias para reduzir os riscos e identificar o melhor momento para as operações.

O mercado disponibiliza ferramentas, como plataforma para trader, que oferecem orientações direcionadas a esses profissionais.

Siglas da renda fixa

Os investidores que optarem pelos ativos de renda fixa deverão compreender as diferenças entre CDB, CDI, CRA e CRI, bem como saber a importância do FGC.

O CDB é a sigla para certificado de depósito bancário, um título de renda fixa emitido pelos bancos. Na prática, o investidor “empresta” dinheiro para a instituição financeira e lucra com os juros.

O rendimento do CDB é atrelado ao CDI, que significa certificado de depósito interbancário, e é a taxa de juros dos empréstimos bancários. O valor do CDI é sempre bem próximo ao da taxa Selic.

Já o CRA e o CRI referem-se ao certificado de recebíveis do agronegócio e certificado de recebíveis imobiliários, respectivamente. São ativos em renda fixa em que o investidor financia os setores do agronegócio e imobiliário.

Já o FGC é o Fundo Garantidor de Crédito, instituição que protege o patrimônio dos investidores, garantindo uma cobertura de até R$ 250 mil. Na prática, é sinônimo de maior segurança para os ativos que têm essa chancela.

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